Há mais de um Mês que não tenho escrito nada no blog.
Escrevi alguns livros mas tenho andado extremamente ocupado e sobretudo preocupado com a saúde da minha companheiro de há há quase 3/4 de século.
A saúde complicou e nós continuamos à procura da raiz do problema que não tem sido fácil definir. Muitos exames, muita ida a médicos e hospitais e a cabeça, com tanta pancada que levou nestes últimos 12 meses, está muito esgotada.
Hoje lembrei-me que é o dia em que um grande amigo, um irmão muito querido, que nos deixou há muitos anos, faria anos e que, certamente nos iriamos encontrar e beber uma ou mais garrafas de vinho branco bem geladinho e conversar durante muitas horas.
Escrevi sobre ele, um pequeno apontamento que está aqui no blog desde 2018, junto com outros amigos que já descansam. Passei todos para um livros onde esta mais de 170!
De vez em quando vou ler, visitar esses amigos, chorar de saudade e e rir com algumas das nossas vivências.
Leiam o que escrevi sobre o João Macedo, tão forte amizade nos unia:
Na Cuca, em Nova Lisboa fui um dia encontrar um dos funcionários da secretaria, que, amável, me vem dizer que era muito amigo dos Teixeira de Abreu, amigos nossos desde... solteiros. Achei simpático, mas pouco mais tínhamos a dizer um ao outro, o que não impediu que sempre que me deslocava àquela cidade, lhe fosse falar.
Já eu tinha saído da companhia quando ele e família foram viver em Luanda, e por sinal, bem perto da nossa casa. A amizade começou a brotar, e foi, nessa altura, muito forte entre um dos meus filhos e um deles, o Nuno Mindelis.
No Brasil consolidámos essa amizade que foi, e é, apesar de já cá não estar, muito forte, deixando de sermos simplesmente amigos para nos sentirmos como irmãos.
Quando o íamos visitar, no condomínio em que morava, a uns 30 quilômetros de São Paulo, a portaria tinha que dar o meu nome e pedir-lhe autorização para entrar. A primeira coisa que ele fazia era correr para o frigorífico e pôr no freezer uma garrafa de vinho branco! Depois ficávamos no bate-papo, um copo, uns petiscos e muitas vezes acabávamos por jantar com eles.
Teria muita história para contar dos nossos encontros, mas só lembrar dele, e dos outros amigos, numa pequenina situação já é uma espécie de hino à amizade.
Custou-me muito vê-lo partir.
Grande e humilde amigo João Macedo Martins.
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