No Reino do Congo – Séc. XVII
Reinava (também) em Portugal Filipe II (barra III)
quando D. Manuel Batista Soares, que fora bispo do Congo até 1619, lhe passou a
seguinte informação sobre o estado do “cristianismo naquele Reino”.
Snor.
Continuando na informação q. V.M.de me manda dar por
escrito acerca dos costumes dos moxicongos e naturaes do Reino de Angola, digo
que segundo o que alcancey em perto de dez annos q tratei có elles, não tem
vertude, vergonha, verdade, nem constancia, senão, em o mal, por q. são de
ordinario çençuaes, sem perdoar a parentesco muy chegado, assy de consanguinidade,
como de affinidade e per tradição antiga e rito gentilico tomão por mancebas
todas as q. os paes e pessoas a que suçedem tinhão por suas, e as netas e tendo
trato iliçito com a Irmaã mais velha, o tem com todas as mais, e os Reys se não
tirão destes abusos e pecados, antes com mor liberdade, e descompocissão caem
nelles; e o que agora Reyna chamado dom Alvaro terceiro, tem por mancebas
muitas que o forão de seu pae dom Alvaro segundo, e hua Cunhada Irmã de sua
molher, ambas filhas de manibanda que se chama grão duque, e nem amoestado, nem
reprehendido a dexa, nem se envergonha de lho dizerem. Esta foi casada; e tem filhos
do Duque de Sundy dom Alvaro seu tio, e q. elle matou em guerra por levantado.
E quando vay fora a Igreja, ou a escaramussar vão muitas dellas có elle, e
chamãolhe damas o quanto mores senhores são, mor numero dellas tem, como fazem
os q. são gentios, q. por terem muitas, se dão por poderosos, riquos, honrados,
e aparentados, e assy he, porque tem por essas as filhas dos senhores, e
fidalgos principais, para cujo effeito lhas dão seus pais, e o duque de Batta
que por titolo se chama Aio del Rey de Congo, e he muito seu parente, sendo casado
có hua tia Dell Rey Irmã de seu par, ella se foi amançebar cõ hum sova gentio
das partes de dande, Vassallo do mesmo Rey, ficando elle, e o Duque cõ isso muy
quietos, e porque o duque tomou por manceba principal hua filha de hum fidalgo
seu vassallo, e a tratava em publico e na Igreja como duquesa, e como a essa a
fazia venerar, indolhe eu a mão e pedindo a El Rey que ho prohibisse, El Rey e
o duque me pedirão por vezes que deixasse estar a molher do duque tia delRey cõ
o gentio co que estava por manceba principal, e desse liçença ao duque para se
casar em vida da molher co a mançeba qo tinha, cuidando que podia ser, e não
crendo dizer lhe Eu o contrario, antes escandalisandosse de lhe Eu não dar a
liçença que pedião de que se deixa ver o como estão na fé, e como a entendem, e
guardão, pois destas cousas ha muitas no Rey, e nos mores senhores que delle
tem mais noticia que a outra gente, e neste viçio vevem todos de ordinario, não
o tendo por afronta, nem pecado. São tão dados ao vinho que de nenhua manhã
custumão falar despois de jantar, nem El-Rey, nem os grandes senhores, por que
não ficão para isso nem se correm de assy ser, antes o tem por grandesa, mas
sendo elle as vezes de ma calidade lhes fas cometer pecados e alguas vezes,
chegou ElRey a escaramussar de guerra contra my, Clerigos e vassallos de V. M.de,
dizendo em publico, e em vozes cõ os seus que nos avião de matar a todos, e que
já não querião bautismo, Igreja, nem Clerigos, senão viver em sua liberdade e
assy se está lá arisquo de o Vinho hua ves acabar cõ tudo, fazem cõ elle,
arremedando as escomunhões da Igreja, prohibições de fogo, agoa, lenha, feira,
e mais mercados a que chamão escomunhões da terra, e perseverão nellas algús
dias com gritos, alaridos, e pregões, de dia e de noite, q atemorisão, e
representão acabarsse tudo, padeçendo nisso os vassallos de V. M.de estas vilissimas
necessidades, e vexações, e quando lhos passa como se não ouvera nada, se dão
per amigos, pedindo vinho e outras cousas, e q lhes perdoem, e tambem elles
alguas vezes, perdoão co facilidade os agravos q recebem, e mostrão temer as
escomunhões da Igreja, e em quaisquer trabalhos pedem absolvições geraes, não
dando numqua satisfação das culpas.
Dão por vaidade, porque tem muita, e por ella não ha
cousa que diga grandes a magestade, Estado, que não procurem remedar, tendosse
por valentes, não o sendo, por muy nobres e antigos (como são) por gentis homes
e avisados, por mais poderosos q todos os monarcas do mundo, motejando de seus
poderes, acompanhansse cõ muita gente sem ordem, tem muitos estromentos de
musica, e de guerra ao seu modo, e cõ todos juntos saem fora, ainda q seja na
Igreja, representando cõ isso e cõ as muitas çerimonias q se lhe fazem húa
confusão grandiosa, trasem panos, custosos, e riquos, da sinta ate os pés, em
lugar de sintos huás ataduras muy grossas a q chamão empondas, cabayas sobre a
carne nua, e os braços de fora, chapeos de Clerigo bem guarnecidos, sapatõens,
e as vezes botas, muitos abanos de rabos de cavalos, muitas insignias de suas
dignidades, e os seus ministros mais graves e vallidos lhes vão mostrando o
caminho, e alimpando e tirando delles qualquer tropeço, e cousa sem limpesa.
Muita da gente milhor criada, sabe ler, quando ElRey
vay a Igreja vay muy acompanhado, e quando falta não vay lá gente; os domingos
guardão mal, e os santos peor, se não São Sãotiago e são João Bautista, ElRey e
os titulos trasem huás carapusinhas a que chamão empua que não tirão, nem ao
santissimo sacramento, (posto q eu melhorey este abuso) mas não cõ EIRey, na
proçissão das endoenças Vay ElRey descalço, e descoberto, e todos os seus, e
assy andão a sesta feira, dá EIRey alguás esmolas e faz merces a muitos e aos
Bispos mais q a todos por que tambem lhos pede a meudo o que ha mister.
As suas armas são, arcos, e frechas, espadas largas, e
adargas, e adagas, podões, machadinhas, azagaias, e hús ferros ao modo das
nossas lanças, ElRey e todos andão apee, e assy vão a guerra, e de hum dia para
o outro se junta grande cantidade de gente, sem ordem e sem mantimentos, e se
não levão consigo algus portuguezes, fazem pouco mais de nada, temem os jagas
de manrª, que de ouvir fallar nelles se desordenão, e fogem.
São folgasões, e preguiçoosos, e por isso tendo terras
larguissimas, e excellentes, por não samearem, senão muy poucos mantimentos
peressem a fome, os mantimento os de que uzão são groçeiros, comvem saber: maça
meuda, maça grossa, luco q he como painsso, felgões, ortalissa, ervas,
aboboras, canas de açucar, miçefos e bananas, e alguas frutas do mato, tem
alguas parreiras, romeiras, figueiras, çidreiras, larangeiras, limoeiros, e
limeiras, e dando isto tudo ao menos duas novidades no anno, todavia he pouco,
porque não cultivão. E o mesmo he em galinhas, porcos, ovelhas, cabras, e
vaquas em todo o Reino de Congo, e no de Angola, e nos Ambundas tudo sobeja
porque são mais trabalhadores e criadores, ha poucas fontes, e muitos Rios de
que algus são caudalosos, muita caça, da de qua e outra diferente, e muitos
generos de animais em que entrão, empacaças, e em palancas, q são como vacas,
porcos monteses, e engallas q são ao seu modo; Zevras, Elefantes, tigres,
onças, leões, gatos de Algalea, cobras grandissimas, e lagartos q fazem muito
dano, cavallos marinhos, Ageas reaés, e bastardas, e da mesma manra
Pilicanos, e muitos outros generos de Aves q esperão muito porque não andão
acoçados.
ElRey he hum despençeiro ordinario de todos os seus, e
se assy não for dandolhes de jantar lodos os dias, levantarssehão contra elle,
e andando sempre em festas, o dia q lhe falta que dar aos fidalgos, escondesse
e tudo he malencoria.
Morrendo ElRey dom Alvaro segundo, o duque de Bamba q he
muy poderoso, governou tres dias, pondo e dispondo quanto quis, ao cabo delles
levantou por Rey dom Bernardo Irmão do Rey morto, e por este despois de jurado
o querer ser, se levantou contra elle mesmo manibamba que o tinha feito, e lhe
deu guerra, e o constrangeo a que ferido se saísse do seu aposento, e se fosse
a hum em que vivia antes de ser Rey, dando lhe palavra que o não matarião, e
elle para se sigurar mais, se recolheo na Igreja de santo Antonio co seis ou
sete dos mais seus va1idos, levantou então manibamba por Rey dom Alvaro
terceiro, que agora reina, filho de dom Alvaro segundo. Este despois de jurado
por não ter companheiro no setro, e Croa, entrou de noite na Igreja cõ mão
armada, e matou ao tio que estava deposto de Rey, e aos q achou cõ elle, e os
descabeçou, e descabeçados os fes levar arastar ate o lugar publico do
pelourinho, a onde estiverão quasy tres dias, despois dos quaes por obra de
piedade os enterarão algús clerigos as escondidas, e ElRey Emanibamba tomarão
tão mal este acto de misericordia, que declarão aos Clerigos por imigos seus, e
nesta alteração tão violenta, matarão muitos senhores, e outra gente, em
diversas partes a que tinhão oferecido, seguro e perdão.
Avera como anno e meo que por presunções mal fundadas,
EIRey dom Alvaro terceiro, tem publicado guerra contra manibamba seu sogro e
reconciliandosse alguas vezes por terçeiras pessoas, e por my, e por meu
Vigairo geral, todavia, se não virão numqua, e agora tem apregoado guerra de
parte a parte, a fogo e sangue, de q se entende q Manibamba levara o milhor, porque
he velho, sagas e poderoso, e por todas as vias ajunta assy os portuguezes que
pode, queixandosse que ElRey o quer matar sem causa, e porque lhe pede que não
esteja amançebado co sua filha, pois he casado cõ outra, e he artificio muy
ordinario nelles, quando querem derrubar alguem, publicar que he mao christão
ainda que assy não seja, e para este effeito, tem manibamba cosiguo todos os
que por qualquer via tem pretenção ao Reino.
EIRey dom Alvaro segundo, foi bem quisto, e muy melhor
obedecido que os que lhe suçederão, ainda que da mesma vida, chamousse
magestade por assy lho meterem em cabeça algús Religiosos, e outras pessoas,
tomando para isso motivo de entenderem mal hua carta q o sumo pontifiçe lhe
escreveo, e por Eu lhe estranhar a magestade, e lha impedir por vertude de huá carta
de V. M.de que para isso tive, e por prender e embarcar o padre deão diogo Roiz
pestana, que era muy seu valido por V. M.de assy mo ordenar por outra, recebeo
contra my grande odeo, e impedio o effeito desta prizão muitas vezes, de maneira
que para a poder fazer, uzei de escomunhões, e interdictos, como V. M.de me
mandou que o fizesse, e estas çenssuras, se levantavão huás vezes, e se tornavão
a por outras, porque por muitas, mostrou elRey que obedeçia a ellas, tornando
logo a desobedesser, e cõ esta sua preçeguissão, e odeo que durou em quanto elle
viveo, receby Eu notavel perda, na quietação, Jurisdição, e fazenda, sem me
apartar hum ponto do q V. M.de me mandou, como constara de muitos papeis q
tenho em meu poder.
EIRey dom Bernardo que lhe sucedeo, e que durou pouco
por ser morto por EIRey dom Alvaro terceiro seu sobrinho como he dito, e que Eu
não vy por no seu tempo estar em loanda, no principio, correo bem comigo em
cartas, e eu cõ eIle, quis tambem chamarsse magestade, e pediome que fosse a
Congo para lhe lançar o habito de Christo, ou lhe mandasse licença para lá o
receber, respondendo lhe Eu, segundo o q V. M.de me tinha mandado, que nenhua
daquelas cousas, podia, nem devia fazer, representandoselhe, que Eu lhas negava
plo molestar,e não por não poder, tambem se indinou muito contra my, e durou
nisso em quanto viveo, que foi pouco, e numqua tomou o abito de Christo, nem
tambem apertou muito sobre o titulo de magestade.
Tem a gente do Congo, e de Angola muitos ritos
gentilicos de que assy uzão, os que o são, como os bautisados, e a Christandade
pla maior parte he só de nome, porque quando os curas vão correr os districtos
de suas capellas, he mais para receber as colheitas, que para ensinar, e assy
bautisão a todos os q se lhe offerecem, sem diferença de pessoa, e sem os
catequisar, e posto que por este modo ficão bautisados, he o bautismo informe,
e tantos sacrilegios cometem, quantos bautismos fazem, e dando Eu distintamente
a ordem que isto se devia ter, nem isso foi bastante para tirar este abuso
(posto que em parte se melhorou) e para sever qual he a christandade daquellas
partes, e como ellas se administra bautismo, digo o q me aconteçeo, indo
visitar os presidios, a onde numqua foi outro prelado; e he que achando entre
os sovas da obediencia de V.M.de no presidio de Cambambe, sete bautisados, e
perguntandolhes publicamente pla doutrina, nem essa, nem o sinal da Cruz
sabião, nem se tinhão confessado numqua, nem entrado em Igreja, afirmando que
nenhua destas cousas se lhe diçera, quando forão bautisados, e perguntandolhes,
se deixarão as mancebas, ou quantas tinhão, o principal respondeo que çento e
vinte, outro que çento, outro q sessenta, outro que çincoenta, outro q trinta,
outro que vinte, e outro que quinze, e sendo esta a christandade assy querem os
governadores que os padres bautisem; entendendo que nisso acertão e poderão
alegar que converterão muitas almas, e tambem se não fas este officio cõ a
perfeição devida, quando em 1oanda se bautisão os escravos q se embarcão para
fora, porque ha aly, só hum Vigario a que pertence, e que alem de não saber a
lingua, trata mais de receber o premio, que de acertar em seu officio.
Naquelle Bispado não achey constituições, nem cousa
por onde me ouvesse de governar, e por isso as fis com muito trabalho, e he
magoa grande que sendo a gente tanta, as terras tão fertis, e tão largas, se
perca tudo, por falta de ministros Eclesiasticos, o Porto de Loanda he excelente,
mas o territorio cõ seus arredores, sequo, e infrutuoso, e passão dous, tres e
mais annos que não chove, sendo muito ao contrario pla terra dentro, os Reys do
Congo trasem todos o habito de Christo cá sua seta de são Sebastião, e o mesmo
os duques, de batta, e bamba, e os manilouros, tendolhes V.M.de por veses
mandado declarar, q não pode ser, por ser cousa Eclesiastica e de grande
escrupulo e só concedida a V.M.de, como mestre da ordem, e não há podelos tirar
deste abuso, por que crem firmemente que o q hua ves se lhe deu, he para dos os
q lhe suçederem, sendo assy, que o que eIles dão, tirão cada ves que querem, e
trasem ao pescoso muitas cadeas de ouro, alquime, e aço, cõ muitos habitos,
tendo o por grandesa, e loucainha. São os Rey do Congo, univerçaes erdeiros de
todos seus vassaIlos, e tomando para ssy, o que querem do q lhes fiqua, o mais
dão livremente a quem querem, e os que hoje são duques amanhã os tirão, e ficão
servindo a fidalgos ordinarios.
Esteve o Reino do Congo despois de sair deste o
capitão mor Anto Glz pita, sem capitão, nem ouvidor de V. M.de algus
annos, e despois fis Eu cõ muito trabalho reçeber hum que mandou o governador
luis mendes de Vasconcelos, a q se tem muy pouco respeito, porque EIRey se mete
em tudo, e trata muy mal os vassallos de V.Mde. levando os consigo a força
descarapusados, e o mesmo fazia aos saçerdotes, e ainda os obrigua a que o
acompanhe as guerras e a outros caminhos que fas, sem lhes dar o neçessario
para isso, aos paçageiros desbalijão, e empendenlhe os caminhos, levanlhe
extraordinarios tributos, e peitas, q acressentão, cada dia, e postas e outras,
extorções, ha grandes desgostos, queixas, e perdas. Pedem Sol, e chuva aos
prelados, e aos sacerdotes, como a pedem aos seus feitiçeiros, e queixãosse de
lha não darem, como se isso fora em sua mão.
V.M. de manda que nenhuas fazendas prohibidas pelos
Reys de Congo, levem os portugueses, a seus Reinos e q se lhos tomem por
perdidas, todas as que não registarem, e porque isto se não guarda ha cada dia,
grandes inquietações, tem EIRey de Congo prohibido cõ grandes penas, que não
levem os Vassalos de V.M. de a seus Reinos Zimbo do brazil, e de outras partes,
porque como essa he moeda que nelles corre, esta cõ a grande cantidade q vay de
fora; tão abatido o seu, que perde nelle as duas partes de suas rendas, e o
mesmo aconteçe aos Eclesiasticos porque nelle lhe fazem o pagamento de algús dizimos
q lã ha, e por este respeito a petição do mesmo Rey, o prohiby Eu por
escomunhão, e nem cõ ella, nem cõ as penas q EIRey tem posto, deixa de entrar,
em tanta quantidade, que vay deitando aquele Reino a perder, e se EIRey para o
atalhar dá algum castiguo alevantáolhe que presegue os vassalos de V.Mde. E não
respeitão que elles são os que o perçeguem a elle, levando lã muitas
mercadorias falças, e vendendoas por finas, em muy grande perjuiso de suas
consçiençias e desacato de hum Rey christão, que V.M.de ampara, e manda amparar
sempre.
Todas as materias de Justiça, se julgão por audiencias
verbaes, e co muy pouca prova confiscão as fazendas, degredão, matão, empenão,
e apedrejão, e se logo se não executão suas resoluções verbaes, por qualquer
roguo e peita se perdoão dilictos gravissimos, e pelo liviçemos e mal provados,
morrem e padeçem os dos favorecidos, e estão tão entregues a este modo de proceder
gentilico que não avera força umana que cõ elles introdusa outro christão,
deixãosse entrar de qualquer sospeita, e são façelissimos em levantar
testemunhos falços, e em se desdiser delles, e sendo arguidos dos vicios em que
caem de maravilha os negão, os principais tenho aprontado, e para os q ficão
serião neçeçarios livros inteiros.
Ds. guarde a Catholica pessoa de V. Mde.
De lisboa a 7 de setembro de 1619.
Cota: Copia da relação dos
costumes, Ritos e usos do Reino do Congo que o Bpo deu a V Mgde, e peccados que
nelle se cometem.
(Biblioteca Nacional de
Lisboa. Secção Ultramarina Caixa 145 de Angola).
20/07/2014