domingo, 30 de novembro de 2025

 

A MILÉSIMA (1.000) POSTAGEM NESTE BLOG

 

Não foram só as 999 postagens que escrevi. Em 2005 criei o meu primeiro blog, que, de repente, sem eu saber e sem qualquer aviso do provedor, foi tirado do ar três anos depois. Devia talvez ter 200 ou mais. Não lembro. Perdi muita coisa do que ali estava porque entretanto o meu computador também teve um piripaque.

Depois ainda ensaiei mais dois blogs, de curta vida, um sobre a Família La Rocque, que teve muitas perguntas, mas pouco seguimento, e abandonei. Ainda hoje se algum La Rocque quiser saber alguma coisa, pouco, o blog está disponível. Só teve três postagens.

Um outro blog, Zukumuna, que significa: "arremessar, atirar ou lançar com força” (pau ou coisa semelhante de acordo com o Dicionário Cokwe-Português do Pe. Adriano Barbosa) e vem bem a propósito das intenções dos textos que me ocupavam o tempo: lançar com força, para longe e para perto, para o máximo de gente, críticas, descrições de belezas naturais, muita crítica e outras histórias - normalmente verdadeiras, que o tempo e a inspiração me permitiram divulgar.

Este site durou uns dez anos, mas foi igualmente “esquecido”.

Em 2009 criei este, com o meu nome fgamorim, onde fui escrevendo sobre tudo quanto me vinha à cabeça, história (de Portugal, Angola, Moçambique, Brasil, Índia, Peru, Antártica, e diversos outros, como um dicionário de termos angolanos, etc.), contos romanceados, muita crítica política e... foram anos a escrever, pesquisar, divulgar. Calculo que tenha sido acessado, por quem quis ler, mais de 150.000 vezes.

Durante 17 anos fui “correspondente” do semanário canadense “Sol Português” que entretanto entregou a alma ao criador (17 anos a 52 semanas por ano, só para ali foram 884 textos).

Escrevi uns quantos livros, desde 1998, e chego agora a uma situação de cansaço, a cabeça vazia, a pedir que não me canse mais a pesquisar, redigir, escrever.

Imagino que devo ter escrito mais de 3 ou 4.000 páginas, o que não faz um escritor mas um modesto amador.

Paralelamente pintei alguns retratos de filhos, netos, bisnetos, família, amigos e conhecidos que somam cerca 700. E pintei quadros a óleo e aquarelas, poucas centenas.

Assim fui ocupando o tempo que me sobrou sobretudo desde que me mandaram para casa, “velhinho”, com 70 anos!

Agora não me apetece fazer mais nada disto, mas ao mesmo tempo começo a preocupar-me sem saber como vou ocupar o tempo que me resta, pouco e fraco, já que nunca consegui estar sem fazer nada, e até nem sei como é viver assim.

E pronto. Tive bastantes seguidores no blog, razoável número de interessantes comentários (até uma ameaça de morte, que achei divertido!) entre os milhares de visitas, mas agora as pessoas parecem estar mais interessadas em IA e deixam os que teimam em manter um pouco da sua IN.

Pode ser que, vez por outra, ainda me dê um surto de intelectualice e escreva qualquer coisa. Mas não estou muito confiado nisso.

Despeço-me assim dos leitores que, alguns, às vezes me fizeram crer que escrevia bem. Amáveis. Vou manter troca de e-mails e conversas no whatsapp sempre e quando puder.

Abraço todos, todos.

A vida segue

22/Novembro/2025

 Já tenho duas novas ideias a mexerem no cérebro, mas este está... cansado!

A ver...

2 comentários:

  1. Gonçalo Geraldes Cardoso30 de novembro de 2025 às 12:06

    Não pare nada tio Chico. Continue a zukumunar cá pra fora os seus pensamentos. Nem que seja para desabafar. Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  2. Querido Tio Xico
    Tem que continuar a escrever mesmo que não comente leio sempre 😘😘
    Lembro me sempre da forma carinhosa com que a mãe falava dos tios e da vossa família ❤️❤️❤️
    Espero continuar a receber as suas pesquisas e os seus textos interessantes
    Bjs e saudades Luísa Pinto Leite

    ResponderExcluir