A
MILÉSIMA (1.000) POSTAGEM NESTE BLOG
Não
foram só as 999 postagens que escrevi. Em 2005 criei o meu primeiro blog, que,
de repente, sem eu saber e sem qualquer aviso do provedor, foi tirado do ar
três anos depois. Devia talvez ter 200 ou mais. Não lembro. Perdi muita coisa
do que ali estava porque entretanto o meu computador também teve um piripaque.
Depois
ainda ensaiei mais dois blogs, de curta vida, um sobre a Família La
Rocque, que teve muitas perguntas, mas pouco seguimento, e abandonei.
Ainda hoje se algum La Rocque quiser saber alguma coisa, pouco, o blog está
disponível. Só teve três postagens.
Um
outro blog, Zukumuna, que significa: "arremessar,
atirar ou lançar com força” (pau ou coisa semelhante de acordo com o
Dicionário Cokwe-Português do Pe. Adriano Barbosa) e vem bem a propósito das
intenções dos textos que me ocupavam o tempo: lançar com força, para longe e
para perto, para o máximo de gente, críticas, descrições de belezas naturais, muita
crítica e outras histórias - normalmente verdadeiras, que o tempo e a
inspiração me permitiram divulgar.
Este
site durou uns dez anos, mas foi igualmente “esquecido”.
Em
2009 criei este, com o meu nome fgamorim, onde fui escrevendo
sobre tudo quanto me vinha à cabeça, história (de Portugal, Angola, Moçambique,
Brasil, Índia, Peru, Antártica, e diversos outros, como um dicionário de termos
angolanos, etc.), contos romanceados, muita crítica política e... foram anos a
escrever, pesquisar, divulgar. Calculo que tenha sido acessado, por quem quis
ler, mais de 150.000 vezes.
Durante
17 anos fui “correspondente” do semanário canadense “Sol Português” que
entretanto entregou a alma ao criador (17 anos a 52 semanas por ano, só para ali
foram 884 textos).
Escrevi
uns quantos livros, desde 1998, e chego agora a uma situação de cansaço, a
cabeça vazia, a pedir que não me canse mais a pesquisar, redigir, escrever.
Imagino
que devo ter escrito mais de 3 ou 4.000 páginas, o que não faz um escritor mas
um modesto amador.
Paralelamente
pintei alguns retratos de filhos, netos, bisnetos, família, amigos e conhecidos
que somam cerca 700. E pintei quadros a óleo e aquarelas, poucas centenas.
Assim
fui ocupando o tempo que me sobrou sobretudo desde que me mandaram para casa,
“velhinho”, com 70 anos!
Agora
não me apetece fazer mais nada disto, mas ao mesmo tempo começo a preocupar-me
sem saber como vou ocupar o tempo que me resta, pouco e fraco, já que nunca
consegui estar sem fazer nada, e até nem sei como é viver assim.
E
pronto. Tive bastantes seguidores no blog, razoável número de interessantes
comentários (até uma ameaça de morte, que achei divertido!) entre os milhares
de visitas, mas agora as pessoas parecem estar mais interessadas em IA e deixam
os que teimam em manter um pouco da sua IN.
Pode
ser que, vez por outra, ainda me dê um surto de intelectualice e escreva
qualquer coisa. Mas não estou muito confiado nisso.
Despeço-me
assim dos leitores que, alguns, às vezes me fizeram crer que escrevia bem.
Amáveis. Vou manter troca de e-mails e conversas no whatsapp sempre e quando
puder.
Abraço
todos, todos.
A
vida segue
22/Novembro/2025
Não pare nada tio Chico. Continue a zukumunar cá pra fora os seus pensamentos. Nem que seja para desabafar. Um grande abraço!
ResponderExcluirQuerido Tio Xico
ResponderExcluirTem que continuar a escrever mesmo que não comente leio sempre 😘😘
Lembro me sempre da forma carinhosa com que a mãe falava dos tios e da vossa família ❤️❤️❤️
Espero continuar a receber as suas pesquisas e os seus textos interessantes
Bjs e saudades Luísa Pinto Leite