segunda-feira, 8 de março de 2021

 

Seu Ascenso e a Morte

 

Com enorme espanto li há dias que um português, doente, um tal Ascenso, num feroz acesso certamente provocado por grave desequilíbrio mental, ou num delírio covidesco, fez um terrível pronunciamento, que se pode desdobrar em duas etapas.

Prima, uma dor retroativa que muito o perturba e incomoda, por não se ter matado muito mais gente no vinteecincobarraquatro.

Não sou psiquiatra e por isso não compreendo como uma pessoa pode guardar tantos anos essa dor – já lá vão quase 47 anos !!! (Coitado do Ascenso só tinha 11 quando chegaram os vagões de cravos a Lisboa!) – sem ter sido examinado e tratado pela ciência médica. Muito deve ter padecido o Ascenso! Estar há quase meio século a sofrer, possivelmente arrependido, por não ter conseguido na altura uma bazuca ou uma metralhadora e ter saído às ruas a matar “mais gente”. Indiscriminadamente. Só mais gente.

Agora que ele está a ver como fazem os jihadistas, que matam, degolam, em qualquer altura e qualquer lugar, um monte de gente, chora o passado não mortífero que lhe perturba a mente.

Bem sei que nos dias que vão correndo, com a pandemia, os hospitais em Portugal e todo o mundo, estão abarrotados, o que impede que se interne o Ascenso, se faça um profundo e detalhado estudo do seu afetado cérebro e sistema nervoso, para que o pobre sofredor esqueça esses tempos de matança... em que ele não matou!

Secunda. A sua doença mental tem-se agravado muito nestes últimos tempos porque agora rosna, tal tigre acuado e enfurecido, contra um monumento que os portugueses decidiram erigir em memória daqueles que por obras valerosas se foram da lei da morte libertando, que arriscaram suas vidas por mares nunca dantes navegados, que enfrentaram o Adamastor, os ferozes e belicosos africanos, árabes e persas, mas deram novos mundos ao mundo.

Esse monumento saudado e admirado por nacionais e estrangeiros, o Padrão dos Descobrimentos, o Ascenso quer derrubar. Talvez pense que derrubando essa obra de todos os portugueses, com as suas 33 imagens de GRANDES figuras da história, ele se sinta realizado pelas mortes que não fez, “matando” assim uma boa mão cheia de portugueses, e dos melhores da história.

Há porém um detalhe que me está incomodando! É que se o Ascenso derrubar esse Padrão vai mexer com, pelo menos, um meu antepassado. Não lhe digo qual é porque família deve ser discreta.

E atenção ó Ascenso: eu não gosto que mexam com a minha família! Mexeu com ela... eu, que toda a vida fui profundo adepto do código do grande Hamurabi, porque é a única lei feita em todo o mundo que resolve os problemas na hora, sem mais quesitos e requisitos jurídico-político-burocráticos, vou invocá-lo.

E é bem claro quando prescreve no capítulo 197°-

Quem quebra o osso a um outro, se lhe deverá quebrar um osso.

Imagine, ó Ascenso (se eventualmente estiver em condições mentais de imaginar algo que não seja morte ou destruição) que se conseguir o seu paranoico objetivo de derrubar o Padrão, os corpos, mesmo de pedra, das trinta e três extraordinárias personagens que ali estão, vão ficar com os ossos todos quebrados. Todos.

E como ficarão os seus? Não se preocupe. Alguém vai cumprir a mais antiga lei e, como haverá muito osso a vingar, penso que o melhor é esmagá-lo totalmente, a si, ó Ascenso!

Já lhe disse que não gosto que se metam com a minha família!

Isto não é uma ameaça. Não. Nunca ameacei ninguém na minha já bem longa vida.

Mas é um aviso.

E tem mais: ameaçar destruir monumentos nacionais também é passivo de condenação em tribunal, mas como agora os tribunais estão, muitos deles, em mãos de outros alienados... pode até ser que lhe entreguem uma comenda: a Comenda da Morte a ser-lhe solenemente entregue por Caronte, com a presença do monhé e do que sobra da escória do MRPP.

Pode esperar por ela. Não tarda.

Entretanto seria bom que o resguardassem em Rilhafoles ou no Julio de Matos!

Com colete de forças e um pífaro na boca para não dizer tanta bestialidade.

*          *          *

Após ter escrito o que vai acima, pesquisei na Internet e o Ascenso lá está!!! Ou a discutir na rua e ofendendo o povo, ou discutir com grosseria adversários políticos. Belo CV também cheio de cursos e mestrados e bacharelatos, e comissões e presidências, etc.

Enfim tudo o que uma pessoa pode reunir para inflar o seu ego, ser grosseiro e depois... endoidar!

Mas vou-lhe contar uma coisa, seu Ascenso: não há muitos anos escrevi um texto no meu blog, sobre história de Portugal, que enaltecia diversos feitos e a seguir lastimava que após a tão apregoada democracia-demagoga, se tenha vindo a destruir o país. Como hoje você e sua camarilha estão a fazer.

Um dia depois recebo num comentário no blog uma ameaça de morte! Dizia mais ou menos:

“Ó pá! Já te estou a ver! Quando vieres a Portugal (eu moro no Brasil) vou-te matar!”

Estranho. Respondi de imediato ao anônimo ameaçador/matador, para que marcasse dia e hora para nos encontrarmos e ele me poder matar. (Os anônimos são muito machos!)

Logo o provedor tirou isso do blog, mas ainda fui a tempo de guardar uma cópia que tenho guardada.

Agora fico a pensar se não seria o Ascenso que me tenha feito essa ameaça! Você queria que tivesse morrido muita gente no 25/04. Logo eu que nessa altura vivia em África, gente a quem o Ascenso tem uma raiva danada. Ele que só sabe onde fica Angola pelo mapa!

Se foi você que me ameaçou... ainda vai a tempo. Deixa o Covid baixar um pouco eu irei a Portugal e poderá então cumprir a sua ameaça.

Não se preocupe porque não levarei nenhuma arma, nem seguranças, nem aviso a polícia. Nem testemunhas. Vou só para ver aonde está a machice dum boca-rota, ignorante.

Atenção: espero que o Covid não o liquide antes de eu aí poder chegar.

 

06/03/21

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário